terça-feira, 29 de outubro de 2013

Um diálogo

- Onde estão todas aquelas vontades que te tiram do nada absoluto e te carregam para cima dos telhados vistosos e coloridos de um lar chamado vida?!

- Não sei te dizer, sinto tanto sua ausência quanto sinto a ausência de sal para o meu suco de limão! Não deverias querer encontrar tais vontades. Tens os mesmos motivos de um enclausurado à sua liberdade, que clama veemente por sua retidão!

- Não compreendes que meu olhar busca um algo dentro de um nada? Que minha pele sente falta de um foco de calor, já que está endurecida pelo frio? Não vê que tudo isso que chamamos de mudança está pouco a pouco me retirando das minhas camadas escuras e isoladas da existência, e me colocando diante de um perigo que minha sagacidade não reconhece como desafio e sim como rejeição ao pulsar?

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Vou tarde com vontade

Uma vontade me consome.
De dentro pra fora.
Intensa e lentamente.

Quero reconhecer seus olhos ao olhar os meus, reconhecer o sabor dos teus beijos, o calor do teu abraço, o macio do seu toque.

Quero que conheça a suavidade da minha umidade. Quero que entenda o deslizar dos meus dedos.

Quero que se perca na intenção da minha pele, de te fazer perder os sentidos, de te fazer me encontrar no escuro.

Onde não existe vontade. Onde só esxiste desejo!
Onde vc se desfaça! Onde vc se faça!

Quero loucura, insanidade, perversidade!
Quero descobertas encobertas de luxurias...

Quero ter corpo nu