"Nos momentos em que nos vemos só, nos confessamos á escuridão.
Nos declaramos dependentes da vontade da luz,
dos desejos insanos de um poder que está além do ver e do entender.
Nos sentimos como uma folha ao vento, sem rumo.
Mas na claridade do dia nos forjamos de deuses,
e caminhamos rumo à força extrema da interpretação dos
atos. E aí sim, viramos atores da realidade.
E muito mais distante de estarmos cientes de nossa
propria história, está o nosso talento como
interpretadores de uma outra história qualquer.
Mas nessa imensa sensação de alienação,
vivemos a nossa vida e a vida dos outros.
Nos captamos diante da tela da vida e nos
entregamos à avaliação de todos os outros espectadores."
Achei esse texto, jogado em uma pasta no meu computador.
Data de criação: 28 setembro de 2008